sexta-feira, 16 de março de 2012

Transexual e Cristão


Malcolm Himschoot conhece bem o que significa falar sobre “transformação profunda”, ideia apregoada por muitas igrejas.

Nascido com o sexo feminino e com o nome Miriam, Himschoot, aos 21 anos de idade, passou pela cirurgia de resignação sexual. 
Queria servir a Deus, mas temia acabar sozinho, desempregado e abandonado por outros cristãos. Para ele, fazer a transição foi um salto de fé.
Hoje, aos 33 anos, está casado e é pai de gêmeos de 3 anos. Assumiu como pastor da igreja protestante liberal United Church of Christ, no estado americano do Colorado.

“Estou vivendo uma vida melhor do que poderia sonhar”, afirma Himschoot.

No dia de sua posse, ouviu Pam Thompson, uma das fundadoras da igreja criada há três anos, dizer: “Neste dia, celebramos a Deus fazendo uma coisa nova. Vamos nos unir em ousadia e humildade genuína”.
O lema dessa denominação liberal é: “Acolhemos a todos que acolhem os outros”. A congregação que o pastor Malcolm Himschoot assumiu tem cerca de 60 membros e afirma estar em constante crescimento, recebendo como membros homens, mulheres, gays, lésbicas, bissexuais e trangêneros.

“O que eu tenho os atrai, e que eles têm atrai o meu potencial”, disse Himschoot. 

Diaconisa da igreja, Karen Kepner concorda e afirma que o novo líder espiritual parece capaz de se relacionar bem com todos.
“Nós o escolhemos porque ele era o que melhor se ajustava ao que nossa igreja queria”, disse Kepner .“Nós o escolhemos especificamente por ser um transexual. Ele é jovem. Podíamos pagar seu salário. Essa é sua primeira igreja. É uma grande oportunidade para todos nós.”

Himschoot formou-se na Iliff School of Theology, em Denver, e diz que sua condição não norteia o seu trabalho pastoral. Afirma não ser um militante, nem deseja ofender os outros. No entanto, durante algum tempo, reivindicar sua identidade de gênero era uma questão de vida ou morte.

Ele cresceu em uma família cristã, acostumado a frequentar cultos e reuniões, aprendendo desde cedo que toda forma de sexualidade fora dos parâmetros ensinados pela Igreja era algo simplesmente horrível.
No entanto, tinha dois irmãos e sempre se sentiu como “o terceiro irmão,” não como a menina da casa. Por isso sentia-se intimidado pelo que ouvia dos púlpitos. Decidiu sair de casa aos 18 anos. Formou-se em jornalismo no Amherst College, de Massachusetts. Trabalhou em jornais de cidades pequenas por vários anos, mas de tempos em tempos enfrentava crises pessoais.

Após trabalhar como voluntário ajudando órfãos na Guatemala, percebeu que queria ser pastor. Seus pais ficaram arrasados quando lhes contou sobre o que ele acreditava ser sua verdadeira identidade. Eles não aceitaram sua decisão, mas permitiram que continuasse usando o sobrenome da família.

Em 2000 matriculou-se no Seminário Iliff. Durante o segundo ano, fez a transição para homem, passando a assinar Malcolm. Sua jornada virou inclusive um documentário premiado em 2004, chamado Call Me Malcolm, produzido pela Filmworks e United Church of Christ.
Logo em seguida foi ordenado e no ano seguinte casou-se com Mariah Hayden. Ela era sua amiga de infância e conhecia a sua história.

Trabalhou como pastor auxiliar em ministérios nas cidades de Denver e Minneapolis. Agora assume como pastor principal numa cidade conhecida por ser conservadora. Ele disse que há outros transgêneros servindo em ministérios na área de Denver.

Himschoot afirma esperar que sua igreja seja um farol, não um pára-raios. Diz estar pronto para lutar com o que a Bíblia diz sobre o sexo, assim como Jacó teve que lutar com um anjo. Ele lutará por sua fé. ”Quando você luta por um mundo mais justo, tem um profundo encontro com o Espírito de Deus [...] Alguns ficam perturbados ao conviver com pessoas que não se encaixam no seu modelo, contudo não existem modelos que funcionam para todas as pessoas. Jesus não se encaixava no padrão de seus dias.”


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Obervação: não citarei a fonte de onde encontrei esta matéria (até porque tem mais do que uma e todas iguais), pois a mesma trouxe expressões como "mudar de sexo" e "virar homem", além de confundir transexualidade com homossexualidade. Como já fora explicado aqui, nenhum transexual vira homem ou mulher, bem como o fato de alguém ser transexual não indicar que seja também homossexual. 
Portanto, os trechos onde há esses erros foram refeitos da forma correta. 

Pois muito bem, para começar, quero parabenizar esta Igreja por tamanho discernimento e amor ao próximo. Ah, se todas as Igrejas fossem assim!... 

Desde minha adolescência eu sentia a vontade em meu coração de servir à minha Igreja (Católica) como Padre ou Diácono. Bom, como todos sabem, Padres não podem casar-se e constituir família, então o Diaconato já estaria de bom tamanho para mim, que ainda tenho a pretensão de encontrar uma boa mulher e formar uma bela família. Brevemente explicando aos leigos: Diáconos são homens que escolhem o matrimônio, mas que também gostariam de ser Padres. Diante disso, a Igreja Católica criou o Diaconato, para que estes homens possam exercer algumas funções que cabem geralmente aos Padres, como realizar casamentos e batizados, impedidos apenas de atender confissões, fazer consagrações e administrar a extrema unção. 

Bom, não vim aqui para falar de mim, não agora, muito menos dar aulas de catolicismo. Quero mesmo é abranger toda e qualquer religião, para que vejam e aprendam que, para amar e servir a Deus, basta querer, não importando de onde e como a pessoa veio. 

Acredito eu que o maior problema do preconceito ainda existir é causado por essa mania das Igrejas, sejam elas católicas, evangélicas e etc, pregarem uma coisa e fazerem outra. Sim, porque aprendemos que se deve "amar ao próximo como a si mesmo", e olha que esse é um dos maiores Mandamentos de Deus, mas que praticamente ninguém acata, principalmente os frequentadores de tais Igrejas. 

Pergunto: alguém aí consegue entender isso?

Pois é, nem eu. 

Como o próprio Pr. Malcolm disse "Jesus não se encaixava no padrão de seus dias". Ele, Jesus, foi vítima de escárnio e violência gratuitos, apenas por ser considerado "maluco". Sim, aqueles que contribuíram para a sua crucificação o consideravam maluco. Maluco e inimigo de Deus, por sair dizendo por aí que era filho d'Ele. 

Não, nós transexuais não somos Jesus e muito menos Santos, ao contrário de muitos religiosos que acreditam que seu lugar no Reino dos Céus está garantido. Mas é fato que somos também considerados malucos e inimigos de Deus, assim como Jesus também foi. E querem sim nos crucificar e, se pudessem, fariam até coisa pior, como faziam há anos atrás nos tempos da Inquisição. Só não fazem porque não podem, já que há leis que condenam esse tipo de ato. Leis dos Homens, diga-se de passagem. E também de Deus, pois eu duvido que Jesus goste de ver as pessoas que dizem amá-lo e tudo mais desejando o mal à outros seres humanos, filhos por Ele também amados! 

As Igrejas, principalmente as cristãs, entram em controvérsia o tempo todo. Pregam o amor e depois a punição. E não me venham com essa lenga lenga de "amar o pecador e não o pecado", porque essa é a frase mais hipócrita que pode existir nesse meio. 

Vocês, cristãos, conhecem os 10 Mandamentos de Deus? Por favor, me digam, em qual deles diz que é pecado ser transexual (ou gay, lésbica e etc). Já sei, vocês vão me responder que é no 6º mandamento, certo? "Não pecar contra a castidade". Agora eu pergunto: vocês sabem o que significa este mandamento? Pode deixar que eu explico: quando Deus disse (dizem que Ele disse e eu creio nisso, mas enfim) para não pecarmos contra a castidade, Ele quis dizer para que resguardássemos nossos corpos, para que não agíssemos como os animais, que ao encontrarem uma fêmea no cio, partem para cima dela feito loucos. Nosso corpo deve ser cuidado, protegido e não dado à atitudes que o denigram, principalmente nossa sexualidade, que deve ser vivida de forma divina, com alguém que amamos e/ou confiamos. 
Ou seja, nada tem a ver com o fato de alguém ser isso ou aquilo. Entenderam agora?

Bom, isso foi no Antigo Testamento. Quando Jesus caminhou entre nós, ele juntou todos os mandamentos e estipulou uma nova maneira de viver a santidade: "Amar teu próximo como a ti mesmo" e "Amar a Deus acima de tudo". 

Agora eu pergunto: onde, nessas frases, é dito alguma coisa sobre a sexualidade ou gênero de alguém?

Oh, sim, se eu não falar, daqui a pouco vai ter gente aqui querendo me lembrar que lá no Antigo Testamento tem aquela passagem de "com homem não te deitarás" e blá blá blá. E mais tarde, alguns apóstolos, vejam bem, apóstolos e não Jesus, voltaram com isso. Segundo a Bíblia, Jesus, considerado Senhor e Salvador para os cristãos, não abriu a boca em nenhum momento para dizer que ser homossexual, transexual, enfim, é pecado. Se alguém encontrar um só trecho onde Jesus diga algo nesse sentido, me mostre que jogarei a minha Bíblia fora, pois ela deve ter algum defeito. 

Os apóstolos foram homens de bem, não discordo, mas eram homens, e como todo ser humano, também tinham seus defeitos e opiniões próprias sobre determinados assuntos.

O que me enoja é gente que enche a boca pra dizer que é cristão e que segue os ensinamentos de Cristo, mas NÃO faz nada que comprove isso. O que é lamentável, porque se todos nós seguíssemos os ensinamentos de Jesus, o mundo seria perfeito. 

Se você quer ser cristão, faça como Jesus: AME! 


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