quarta-feira, 28 de março de 2012

Documentário sobre bullying finalmente vai estrear sem classificação etária.



Depois de muita polêmica em torno do novo documentário ¨Bully¨, finalmente o filme vai ser lançado sem classificação etária, o que faz o diretor Lee Hirsch acreditar que as crianças irão querer ver o filme, e cabe aos cinemas decidir se deixam elas entrarem ou não. 

O documentário mostra os ataques incessantes de assédio moral no sistema escolar americano e vai ser lançado na próxima sexta-feira em Los Angeles e Nova York, sem nenhuma classificação. A decisão na verdade de permitir a entrada de crianças vai caber aos donos dos cinemas. Isso porque decidiram retirar a classificação do filme que antes só poderia ser visto por maiores de 17 anos. 

A jovem lésbica, Katy Butler, responsável por arrecadar cerca de meio milhão de assinaturas pedindo a reclassificação do filme, comemora a decisão: 

- Eu estou feliz que ¨Bully¨ irá manter a sua autenticidade e será um retrato fiel do que milhares de jovens sentem todos os dias. 

Sobre a decisão de não ter editado a linguagem utilizada pelos adolescentes no filme, o diretor explica: 

- A pequena quantidade de linguagem no filme, que é responsável pela classificação para maiores de 17 anos, está lá porque é real. É o que as crianças que são vítimas de bullying encaram todos os dias. Todos os que nos apóiam vêem isso e estamos gratos pelo apoio que temos recebido. Eu sei que as crianças vão vir então vai depender dos cinemas deixarem ou não elas entrarem.

FONTE:ENTRE NOS

No caminho certo. (Minha experiência pessoal)


Ola galera há tempos não venho por aqui a correria do dia a dia me afastou um pouco do blog mais estou de volta e vim compartilhar com vocês essas experiências que passei por esses dias longe do me veja como sou.
Bom esses dias atrás olhei um anuncio e mandei um currículo para uma empresa de cobranças, passou algumas semanas e nada de me ligarem, pois então na semana passada eles me ligarão e lá fui eu para uma entrevista, fui apreensivo e muito inseguro, pois não imaginava como seria tratado lá.

Chegando me sentei e suava muito e tremia de nervosismo, meu celular toca e minha namorada me ligando pra me dizer boa sorte aquilo me acalmou um pouco mais logo depois, que desliguei o celular voltei a ficar novamente tenso, ate que me chamarão para a entrevista com a encarregada do RH da empresa, ela foi muito sutil e muito simpática e disse que me chamarão mesmo, pois coloquei no meu currículo que era trans masculino e lá para cobranças só trabalhão homens, fiquei extremamente surpreso e feliz, e ela me disse que me ligaria caso eu fosse selecionado.

Quando foi ontem de manha meu celular toca e era ela mesma já me tratando pelo meu nome social me disse: “Gabriel você pode passar aqui na empresa para nos falarmos”. Eu prontamente disse que sim claro e passei lá e fui surpreendido com os papeis do exame médico no qual fui fazer hoje de manhã e já foram encaminhados para a empresa agora é só esperar para começar logo o trabalho.

Queria muito dividir isso com vocês para verem que as coisas estão mudando e estamos sendo ouvidos e isso dará força a cada dia para continuarmos a nossa luta, então não desistam e pensem sempre positivo porque a negatividade não nos leva a nenhum lugar. Boa sorte a todos e um forte abraço.

Miss canadense é desclassificada do concurso mundial por ser transexual

FONTE: MDIG



Jenna Talackova, de 23 anos, de nacionalidade canadense, era uma das 65 finalistas selecionadas para o concurso "Miss Universo", evento organizado pelo magnata norte-americano Donald Trump. E conquanto figurava entre as três favoritas a receber a coroa de diamantes no final, os organizadores decidiram desqualificá-la. A razão? Talackova nasceu homem






 -- "Ela não tem os requisitos necessários  para competir no concurso, e isso foi lembrado em diversas oportunidades no módulo de inscrição", manifestaram os realizadores  da 61º edição do concurso de beleza e talento em um comunicado.


Em sua conta no Twitter, a expulsa ataca à organização acusando-a de discriminação. Nesse sentido, manifesta não querer se render e deseja continuar discutindo o assunto como forma de permanecer no concurso. As opiniões sobre o caso são bastante controversas. Para alguns ela deve lutar até o final enquanto para outros deve fazer as malas e ir para casa, já que o concurso é para mulheres que nasceram como tais.


"Jenna Talackova sente-se uma verdadeira mulher e é uma verdadeira mulher. Não esperava que colocassem isso em discussão", disse por sua vez o diretor do evento, Denis Dávila. Não obstante sublinha: - "As regras são muito claras e não existe forma de voltarmos atrás"
Para competir no "Miss Universo Canadá", as aspirantes devem satisfazer alguns requisitos fundamentais: ser cidadãs canadenses, ter entre 18 e 27 anos e não estar grávidas. Não obstante, o regulamento não faz nenhuma menção sobre a mudança de sexo ou intervenções de cirurgia estética.

sábado, 24 de março de 2012

Publicidade Mútua

Oi gente, eu vim aqui hoje dar uma dica de um blog interessante, também voltado para o nosso público trans, é cheio de conteúdo, garanto que vão gostar:


http://transgendervideos.blogspot.com.br/ 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Lea T finalmente realiza procedimento cirúrgico de readequamento sexual


FONTE: BOL

Depois do adiamento da cirurgia de troca de sexo por conta de um diagnóstico de anemia dado em julho de 2011, a top model transexual Lea T. realizou a operação há cerca de três semanas em um hospital cinco estrelas da Tailândia.
A modelo ainda está por lá, acompanhada de familiares e deve voltar ao Brasil nos próximos dias.

terça-feira, 20 de março de 2012

Transexual mais alto do mundo quer jogar a Olimpíada de 2016

Lindsey Walker era homem até os 23 anos de idade, mas resolveu mudar 


FONTE: REDE RECORD




Programada para o Rio de Janeiro, a Olimpíada de 2016 pode ser um marco para a história do esporte olímpico: com 2,13 m, Lindsey Walker sonha em conquistar um lugar na seleção americana de basquete feminino, tornando-se assim o primeiro transexual a participar de uma edição dos Jogos.
Conhecido como “Greg” até os 21 anos de idade, Walker construiu uma sólida carreira na universidade de Central Michigan, com chances até mesmo de atuar na NBA. Frequentava festas e era popular, mas uma coisa o incomodava: o desejo de ser uma mulher. O basquete, contou em entrevista ao jornal inglês “Daily Mail”, era apenas uma forma de se esconder:
- Um dia, eu surtei. Parei de jogar basquete, de treinar e de fazer academia no meio da temporada do terceiro ano da faculdade.
A solução veio através de muita terapia e uma série de tratamentos hormonais que mudaram o corpo de Greg:
- Me senti muito mais calma.  Depois de seis semanas, passei a desenvolver seios como uma adolescente na puberdade, minha pele ficou macia e perdi o desejo sexual de um homem.
De bem consigo mesmo, Lindsey voltou ao esporte:
- Nunca quis parar de jogar basquete profissionalmente. Na verdade, eu só odiava o fato de estar me escondendo atrás do basquete e do estilo de vida de um atleta. Isso estava acabando comigo e fiz o que tinha que fazer naquela época.
O próximo passo é fazer uma cirurgia de mudança de sexo e continuar servindo como exemplo para outros atletas que queiram se assumir e continuar carreira:
- Sei de outras pessoas que são como eu era, mas é difícil para gente muito alta se passar por mulher. Quero que essas garotas me vejam: tenho 2,13 m e não tenho medo de ser quem eu sou.

__________

"Sobre os termos usados pelo autor original da notícia, sim estão errados, nós da equipe do blog lutamos diariamente por igualdade e respeito, até nos mínimos detalhes, não culpamos a ignorância alheia pela falta de atenção a detalhes como este, porém ressaltamos o erro num intuito único de visibilidade. 
Honestamente eu não creio que a "emissora dos bispos" como nossa leitora citou, leve em consideração tais formalidades num texto relacionado  a este assunto."

domingo, 18 de março de 2012

Emissora de TV coloca câmera escondida e põe filho assumindo ser transexual para a mãe. Veja a reação das pessoas:

FONTE: ENTRE NÓS


Um adolescente assume para a mãe sobre a necessidade que ele sente em mudar de sexo. A mãe reage contra a essa decisão, não apóia o filho. Os dois discutem dentro de um restaurante e as pessoas ao redor prestama tenção na conversa. 


O menino e a mãe são dois atores contratados pela rede de TV americana ABC, e toda a conversa é gravada para o progama ¨What Would You Do?¨ (¨O que você faria?¨, em tradução livre).


O programa foi ao ar na semana passada e mostra a reação das pessoas que dão total apoio ao jovem e tentam educar a mãe para que ela entenda melhor a condição de seu filho. Um dos casais, inclusive, faziam parte de uma assoicação da Flórida em defesa de gays, lésbicas e transexuais. A interessante coinscidência do casal no restaurante, os levou a conversar com a suposta mãe e tentar mostrar um caminho de entendimento para que ela pudesse entender seu filho, que queria mudar de sexo.


Assista ao vídeo em inglês do programa:




'São agressões que deixam traumas', diz transexual vítima de transfobia

FONTE: MÍDIA NEWS


ressaltando que os termos utilizados na publicação foram escritos pelo autor original, nenhum termo foi modificado/corrigido por mim.*
Priscila


Os casos de discriminação contra homossexuais são cada vez mais comuns. Em 2011, São Carlos, no interior de São Paulo, foram registradas 26 casos de pessoas que foram vítimas de agressão verbal e física. Não há uma lei federal para combater esse tipo de crime. No estado, o que existem são punições mais brandas, como multas.

Uma transexual, que não quis se identificar, disse que desde criança sofre com sua opção sexual. Ela contou que já sofreu várias agressões na escola e, hoje em dia, vive com medo. “De a pessoa te empurrar, querer jogar objetos em você, te dar soco. São agressões que as pessoas acham que não te machucam, mas machucam e deixam traumas”, disse.

A advogada Carla Tavares Collaneri disse que uma lei nacional seria um importante instrumento de conscientização. “Hoje no âmbito nacional, nós não temos ainda uma lei criminalizando a homofobia, o que nós temos é um projeto de lei complementar. E, no estado de São Paulo, nós temos uma lei prevendo algumas punições como pena de multa, advertência, mas não criminalizando a conduta homofóbica”, explicou.

Parada LGBT

Transformar a discriminação contra homossexuais em crime é hoje a principal bandeira levantada pela ONG Visibilidade LGBT. Por isso, o tema da 4ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de São Carlos será “Contra a discriminação e impunidade, homofobia também é crime”.

O evento ocorrerá neste domingo (18), a partir das 14h, saindo da Avenida São Carlos, próximo ao Terminal Rodoviário, e seguindo até a Praça do Mercado. As apresentações e shows começam às 17h.

Phamela Godoy, presidente da ONG Visibilidade LGBT, acredita que a Parada é um evento já aceito pela população sãocarlense. “A população de São Carlos quer mais cidadania para todos os habitantes da cidade, inclusive os LGBTs”. 

sábado, 17 de março de 2012

Homens incríveis que nasceram mulheres!


Balian Buschbaum
Balian Buschbaum nasceu em 1980 como Yvonne Buschbaum. Ele um ex atleta alemão de salto com vara. Embora fosse a segunda melhor saltadora  feminina na Alemanha, em 2007 Buschbaum anunciou sua aposentadoria devido a uma lesão persistente. Foi então que contou publicamente seu desejo de começar a terapia de mudança de sexo. Em 2008 ele mudou oficialmente seu nome e passou por uma cirurgia para mudança de sexo tornando-se um homem.

Loren Cameron Rex
Loren Cameron Rex é um fotógrafo americano, autor e ativista que transformou totalmente seu corpo porém não fez a cirurgia de mudança de sexo.

Ian Harvie
Ian Harvie é um comediante americano de stand-up, que muitas vezes usa a sua transexualidade como material para seu espetáculo.

Lucas Silveira
Nascido no Canadá em 1979, Lucas Silveira fez história sendo o primeiro transexual a entrar em uma banda de rock que foi abraçada por uma grande gravadora. Silveira é um vocalista, guitarrista e compositor do The Cliks.

Katastrophe
Rocco Kayiatos é conhecido como Katastrophe, um rapper americano e produtor musical.  Kayiatos é amplamente creditado como o primeiro cantor abertamente transexual no gênero hip-hop

Ryan Sallans
Ryan Sallans nasceu como Kimberly Ann Sallans, e ele agora é um defensor dos direitos LGBT e palestrante que viaja para os EUA orientando as pessoas sobre questões transexualidade e alterações no sistema de saúde. Ele sofreu sua transformação de mulher para homem ao longo de vários anos e completou a sua transição em 2005.


Canal FTMBRAZIL no youtube.


Bom galera vim aqui hoje pra divulgar uma iniciativa bem bacana o canal FTMBRAZIL, quando vieram me falar pensei nossa que bacana porque não tiveram essa iniciativa antes e por isso resolvi vim divulgar aqui.
Bom o canal ainda é pequeno ate o momento mais creio que crescera a cada dia mais com mais informações e que seja também um ponto positivo para que as MTFS também criem seu canal e possam ajudar varias outras com informações e tudo mais.
O canal ftmbrazil no youtube é o único canal brasileiro, pois estrangeiros já existem, mas muitos ainda não falam o inglês fluentemente, e também é muito melhor termos aqui um canal só nosso temos que admitir isso.
Parabenizando já o dono da iniciativa André Gabriel (FTM), e os demais que participaram da iniciativa é disso que precisamos gente de coragem não de covardes que se escondem atrás do que realmente são.
Estou disponibilizando aqui o link do canal FTMBRAZIL, para que vocês sempre acompanhem e vejam os vídeos postados tirando duvidas mostrando humor ou ate mesmo mostrando a evolução pra dar mais força para as mudanças, e também chamo aqui as MTFS vem cá agora é com vocês meninas, que tal um canal pra vocês também? Acho muito digno e fica aqui registrado que estou ansioso para ver este a canal.



sexta-feira, 16 de março de 2012

Paulete Furacão é a 1ª transexual a assumir cargo em governo da Bahia

FONTE: CORREIO 24 HORAS



Os primeiros relatos sobre travestis no Brasil datam de 1591, segundo o presidente de honra do Grupo Gay da Bahia (GGB), o antropólogo Luiz Mott. Nesta , 421 anos depois, a história que começou com o escravo africano Francisco Manicongo, conhecida como Chica Manicongo, ganhou novas linhas após a transexual Paulete Furacão, 25, assumir um cargo na Secretaria Estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).


Ela, cujo nome civil é Paulo César dos Santos, vai coordenar o Núcleo de Defesa dos Direitos da População LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros). A nomeação saiu no Diário Oficial em 15 de fevereiro.


Capítulo inédito na Bahia, a transexual é a segunda no país a ocupar uma função em secretarias estaduais. O primeiro caso ocorreu no Ceará. No discurso, emocionada, Paulete afirma que sua posse é uma vitória da população LGBTT. “Não é uma conquista minha, mas sim de todo o movimento. A discriminação se perpetua, mas hoje a gente vê que existe uma luz no fim do túnel”.


No passado bem distante, lembra Mott, Chica Manicongo, que vivia na Ladeira da Misericórdia, Centro, foi denunciada à inquisição por “vestir-se como mulher”. No mais recente, Paulete, criada no Nordeste de Amaralina, conta que também se viu condenada a ficar sem seus direitos, sobretudo profissionais.


“Quando eu era mais nova, as pessoas perguntavam: por que você não faz um curso de cabeleireira ou vira profissional do sexo? Eu me perguntava: só existem essas duas profissões?”, recorda. Não que ela menosprezasse as profissões sugeridas (ou impostas), mas por que teria que limitar-se? 
Aliás, a inserção de travestis e transexuais no mercado de trabalho será a principal bandeira levantada por Paulete, quando sentar-se na cadeira de secretária administrativa II da SJCDH, segundo ela.


Aceitação 
Desde os 5 anos, Paulete já se enxergava como mulher. “Tem fotos minhas com meu irmão que nem me reconheci. Nessa época, já usava roupas femininas, sem a presença dos meus pais, claro”, revela. Apesar disso, ela diz que não tinha como esconder a sua sexualidade. “Nem precisava. Estava muito aparente. A aceitação foi mais fácil até por minha família ser da área de saúde”, acredita.


Do lado de fora de casa, no entanto, as dificuldades eram muitas. “Sofri muito preconceito. Até para ir a determinados lugares, precisava ser de táxi porque de ônibus não conseguia. Não deixavam”, lamenta. Mas a maior decepção para a agora secretária administrativa veio da parte de um amigo. “Eu preparei uma festa de aniversário surpresa com a mãe dele e o chamei para ir ao shopping. Ele disse que não iria porque não queria ser visto com um viado”, rememora Paulete.


O sobrenome social, Furacão, tem explicação: “Escolhi por uma questão de autoafirmação, o poder, o impacto de transformação que esse fenômeno tem. É assim que vou atuar no núcleo”, assegura.  Antes de ocupar um cargo público, Paulete Furacão passou a integrar o Conselho Estadual de Proteção aos Direitos Humanos (CEPDH), também vinculado à SJCDH.


E, antes ainda, a nova servidora pública fundou com amigos, em 2006, a Associação Laleska de Caprid, no Nordeste de Amaralina, em homenagem à transexual brutalmente assassinada dois anos antes na mesma região. “A gente entendeu que precisava criar um grupo para combater esses crimes de ódio contra os homossexuais. Fazemos ações sociais como palestras sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e atuamos fora do bairro também”.


Direitos
Para o titular da SJCDH, secretário Almiro Sena, a posse de Paulete é  histórica. “A história da discriminação reforça a necessidade de inserirmos pessoas desse grupo no aparelho do Estado. Todo tipo de violência deve ser reprimida”.


Ele acrescenta que o núcleo coordenado por Paulete vai reforçar a articulação da secretaria com a finalidade de promover os direitos da população LGBTT. “O governador Jaques Wagner está entusiasmado com essa nova fase. Seremos cobrados pelo nosso trabalho”, disse Sena.


O antropólogo Luiz Mott diz, porém, que a nomeação de Paulete não é suficiente para garantir a luta por direitos. “A história caminha para melhor, mesmo a passos lentos. Mas  é fundamental que o governo garanta a sobrevivência desse núcleo”, avalia.


Entre os meios de “sobrevivência”, indica Mott, está a instalação de campanhas nas ruas com mensagens que estimulem a tolerância e o respeito à diversidade. “Este ano já foram 11 assassinatos. Ano passado, 29. E as agressões continuam”. Ele lembrou a agressão sofrida por um casal gay na Estação Pirajá essa semana.

Transexual e Cristão


Malcolm Himschoot conhece bem o que significa falar sobre “transformação profunda”, ideia apregoada por muitas igrejas.

Nascido com o sexo feminino e com o nome Miriam, Himschoot, aos 21 anos de idade, passou pela cirurgia de resignação sexual. 
Queria servir a Deus, mas temia acabar sozinho, desempregado e abandonado por outros cristãos. Para ele, fazer a transição foi um salto de fé.
Hoje, aos 33 anos, está casado e é pai de gêmeos de 3 anos. Assumiu como pastor da igreja protestante liberal United Church of Christ, no estado americano do Colorado.

“Estou vivendo uma vida melhor do que poderia sonhar”, afirma Himschoot.

No dia de sua posse, ouviu Pam Thompson, uma das fundadoras da igreja criada há três anos, dizer: “Neste dia, celebramos a Deus fazendo uma coisa nova. Vamos nos unir em ousadia e humildade genuína”.
O lema dessa denominação liberal é: “Acolhemos a todos que acolhem os outros”. A congregação que o pastor Malcolm Himschoot assumiu tem cerca de 60 membros e afirma estar em constante crescimento, recebendo como membros homens, mulheres, gays, lésbicas, bissexuais e trangêneros.

“O que eu tenho os atrai, e que eles têm atrai o meu potencial”, disse Himschoot. 

Diaconisa da igreja, Karen Kepner concorda e afirma que o novo líder espiritual parece capaz de se relacionar bem com todos.
“Nós o escolhemos porque ele era o que melhor se ajustava ao que nossa igreja queria”, disse Kepner .“Nós o escolhemos especificamente por ser um transexual. Ele é jovem. Podíamos pagar seu salário. Essa é sua primeira igreja. É uma grande oportunidade para todos nós.”

Himschoot formou-se na Iliff School of Theology, em Denver, e diz que sua condição não norteia o seu trabalho pastoral. Afirma não ser um militante, nem deseja ofender os outros. No entanto, durante algum tempo, reivindicar sua identidade de gênero era uma questão de vida ou morte.

Ele cresceu em uma família cristã, acostumado a frequentar cultos e reuniões, aprendendo desde cedo que toda forma de sexualidade fora dos parâmetros ensinados pela Igreja era algo simplesmente horrível.
No entanto, tinha dois irmãos e sempre se sentiu como “o terceiro irmão,” não como a menina da casa. Por isso sentia-se intimidado pelo que ouvia dos púlpitos. Decidiu sair de casa aos 18 anos. Formou-se em jornalismo no Amherst College, de Massachusetts. Trabalhou em jornais de cidades pequenas por vários anos, mas de tempos em tempos enfrentava crises pessoais.

Após trabalhar como voluntário ajudando órfãos na Guatemala, percebeu que queria ser pastor. Seus pais ficaram arrasados quando lhes contou sobre o que ele acreditava ser sua verdadeira identidade. Eles não aceitaram sua decisão, mas permitiram que continuasse usando o sobrenome da família.

Em 2000 matriculou-se no Seminário Iliff. Durante o segundo ano, fez a transição para homem, passando a assinar Malcolm. Sua jornada virou inclusive um documentário premiado em 2004, chamado Call Me Malcolm, produzido pela Filmworks e United Church of Christ.
Logo em seguida foi ordenado e no ano seguinte casou-se com Mariah Hayden. Ela era sua amiga de infância e conhecia a sua história.

Trabalhou como pastor auxiliar em ministérios nas cidades de Denver e Minneapolis. Agora assume como pastor principal numa cidade conhecida por ser conservadora. Ele disse que há outros transgêneros servindo em ministérios na área de Denver.

Himschoot afirma esperar que sua igreja seja um farol, não um pára-raios. Diz estar pronto para lutar com o que a Bíblia diz sobre o sexo, assim como Jacó teve que lutar com um anjo. Ele lutará por sua fé. ”Quando você luta por um mundo mais justo, tem um profundo encontro com o Espírito de Deus [...] Alguns ficam perturbados ao conviver com pessoas que não se encaixam no seu modelo, contudo não existem modelos que funcionam para todas as pessoas. Jesus não se encaixava no padrão de seus dias.”


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Obervação: não citarei a fonte de onde encontrei esta matéria (até porque tem mais do que uma e todas iguais), pois a mesma trouxe expressões como "mudar de sexo" e "virar homem", além de confundir transexualidade com homossexualidade. Como já fora explicado aqui, nenhum transexual vira homem ou mulher, bem como o fato de alguém ser transexual não indicar que seja também homossexual. 
Portanto, os trechos onde há esses erros foram refeitos da forma correta. 

Pois muito bem, para começar, quero parabenizar esta Igreja por tamanho discernimento e amor ao próximo. Ah, se todas as Igrejas fossem assim!... 

Desde minha adolescência eu sentia a vontade em meu coração de servir à minha Igreja (Católica) como Padre ou Diácono. Bom, como todos sabem, Padres não podem casar-se e constituir família, então o Diaconato já estaria de bom tamanho para mim, que ainda tenho a pretensão de encontrar uma boa mulher e formar uma bela família. Brevemente explicando aos leigos: Diáconos são homens que escolhem o matrimônio, mas que também gostariam de ser Padres. Diante disso, a Igreja Católica criou o Diaconato, para que estes homens possam exercer algumas funções que cabem geralmente aos Padres, como realizar casamentos e batizados, impedidos apenas de atender confissões, fazer consagrações e administrar a extrema unção. 

Bom, não vim aqui para falar de mim, não agora, muito menos dar aulas de catolicismo. Quero mesmo é abranger toda e qualquer religião, para que vejam e aprendam que, para amar e servir a Deus, basta querer, não importando de onde e como a pessoa veio. 

Acredito eu que o maior problema do preconceito ainda existir é causado por essa mania das Igrejas, sejam elas católicas, evangélicas e etc, pregarem uma coisa e fazerem outra. Sim, porque aprendemos que se deve "amar ao próximo como a si mesmo", e olha que esse é um dos maiores Mandamentos de Deus, mas que praticamente ninguém acata, principalmente os frequentadores de tais Igrejas. 

Pergunto: alguém aí consegue entender isso?

Pois é, nem eu. 

Como o próprio Pr. Malcolm disse "Jesus não se encaixava no padrão de seus dias". Ele, Jesus, foi vítima de escárnio e violência gratuitos, apenas por ser considerado "maluco". Sim, aqueles que contribuíram para a sua crucificação o consideravam maluco. Maluco e inimigo de Deus, por sair dizendo por aí que era filho d'Ele. 

Não, nós transexuais não somos Jesus e muito menos Santos, ao contrário de muitos religiosos que acreditam que seu lugar no Reino dos Céus está garantido. Mas é fato que somos também considerados malucos e inimigos de Deus, assim como Jesus também foi. E querem sim nos crucificar e, se pudessem, fariam até coisa pior, como faziam há anos atrás nos tempos da Inquisição. Só não fazem porque não podem, já que há leis que condenam esse tipo de ato. Leis dos Homens, diga-se de passagem. E também de Deus, pois eu duvido que Jesus goste de ver as pessoas que dizem amá-lo e tudo mais desejando o mal à outros seres humanos, filhos por Ele também amados! 

As Igrejas, principalmente as cristãs, entram em controvérsia o tempo todo. Pregam o amor e depois a punição. E não me venham com essa lenga lenga de "amar o pecador e não o pecado", porque essa é a frase mais hipócrita que pode existir nesse meio. 

Vocês, cristãos, conhecem os 10 Mandamentos de Deus? Por favor, me digam, em qual deles diz que é pecado ser transexual (ou gay, lésbica e etc). Já sei, vocês vão me responder que é no 6º mandamento, certo? "Não pecar contra a castidade". Agora eu pergunto: vocês sabem o que significa este mandamento? Pode deixar que eu explico: quando Deus disse (dizem que Ele disse e eu creio nisso, mas enfim) para não pecarmos contra a castidade, Ele quis dizer para que resguardássemos nossos corpos, para que não agíssemos como os animais, que ao encontrarem uma fêmea no cio, partem para cima dela feito loucos. Nosso corpo deve ser cuidado, protegido e não dado à atitudes que o denigram, principalmente nossa sexualidade, que deve ser vivida de forma divina, com alguém que amamos e/ou confiamos. 
Ou seja, nada tem a ver com o fato de alguém ser isso ou aquilo. Entenderam agora?

Bom, isso foi no Antigo Testamento. Quando Jesus caminhou entre nós, ele juntou todos os mandamentos e estipulou uma nova maneira de viver a santidade: "Amar teu próximo como a ti mesmo" e "Amar a Deus acima de tudo". 

Agora eu pergunto: onde, nessas frases, é dito alguma coisa sobre a sexualidade ou gênero de alguém?

Oh, sim, se eu não falar, daqui a pouco vai ter gente aqui querendo me lembrar que lá no Antigo Testamento tem aquela passagem de "com homem não te deitarás" e blá blá blá. E mais tarde, alguns apóstolos, vejam bem, apóstolos e não Jesus, voltaram com isso. Segundo a Bíblia, Jesus, considerado Senhor e Salvador para os cristãos, não abriu a boca em nenhum momento para dizer que ser homossexual, transexual, enfim, é pecado. Se alguém encontrar um só trecho onde Jesus diga algo nesse sentido, me mostre que jogarei a minha Bíblia fora, pois ela deve ter algum defeito. 

Os apóstolos foram homens de bem, não discordo, mas eram homens, e como todo ser humano, também tinham seus defeitos e opiniões próprias sobre determinados assuntos.

O que me enoja é gente que enche a boca pra dizer que é cristão e que segue os ensinamentos de Cristo, mas NÃO faz nada que comprove isso. O que é lamentável, porque se todos nós seguíssemos os ensinamentos de Jesus, o mundo seria perfeito. 

Se você quer ser cristão, faça como Jesus: AME! 


quarta-feira, 14 de março de 2012

Música

Bom, que eu sou fã assumida da Kim Petras todos já sabem, resolvi dividir com quem ainda não conhece, o talento incrível dela, confiram esse cover maravilhoso da nova música da Madonna:



Sejudh divulga diagnóstico social sobre travestis e transexuais

FONTE: AGÊNCIA PARÁ


A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) divulgou na tarde desta quarta-feira (14), o diagnóstico social sobre travestis e transexuais profissionais do sexo que atuam em Belém. A pesquisa de campo foi realizada pelo Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia (Gretta), com a Coordenadoria Estadual de Proteção à Livre Orientação Sexual (Clos/Sejudh), e revelou a vulnerabilidade social desse segmento.




Considerados os três grandes pontos de prostituição de travestis e transexuais da capital paraense, a Rodovia BR-316, a Avenida Almirante Barroso e ruas do bairro do Reduto foram visitadas pelos pesquisadores. Cerca de 90 pessoas foram entrevistadas individualmente. “Após uma série de entrevistas, conversas e visitas, realizamos um diagnóstico completo. A estrutura disponibilizada pela Sejudh contribuiu bastante para esta pesquisa, pois conseguimos alcançar um público maior”, explicou Bruna Lorrane, integrante do Gretta.


As condições socioeconômicas, o comportamento sexual e a acessibilidade a serviços de saúde e cidadania, como o registro civil, foram algumas das características avaliadas. Denúncias de violência e maus tratos também foram comunicadas durante a pesquisa.


Com receio de represálias, a maioria dos entrevistados informou que não procura serviços de saúde pública. A automedicação é adotada por 80% deles no tratamento de algumas doenças. O estudo também revelou que, por almejarem um corpo mais feminino, muitos usam hormônios comprados em farmácia e manipulados sem qualquer tipo de orientação médica.


Preconceito - Quanto ao grau de escolaridade, 15% completaram o ensino fundamental, e apenas 10% concluíram o ensino médio. Dentre as justificativas mais comuns está o preconceito nos ambientes escolares. “A fuga escolar e a falta de qualificação contribuem para que essas pessoas acreditem que só a prostituição é uma fonte de renda”, ressaltou Bruna.


Dos entrevistados, 72% têm como única fonte de renda a atuação como profissional do sexo, sendo que 52% destes conseguem de 1 a 3 salários mínimos mensais. Mas 77% afirmaram que, caso houvesse outra fonte de renda, abandonariam a prostituição. Dos entrevistados, 55% estão na faixa etária de 20 a 29 anos.




Com a pesquisa, a Sejudh e o Gretta pretendem que esse grupo seja priorizado nas políticas públicas voltadas ao segmento LGBT. Os organizadores do estudo também pedem a realização de rondas policiais para manter a ordem nos pontos de prostituição.


Outra medida prevista é o atendimento especializado para emissão de documentos básicos. A ação de cidadania proposta pela Sejudh visa beneficiar cerca de 70% dos entrevistados, que informaram não ter os documentos básicos.


Para os idealizadores do estudo, o enfrentamento à exclusão, à violência e ao preconceito também inclui a adequação de um hospital público para a realização da operação de transgenitalização (mudança de sexo) e de tratamentos hormonoterápicos para travestis e transexuais. “A partir da próxima segunda-feira (19), a Clos e o Gretta iniciarão os encaminhamentos para que o público trans seja atendido o mais rápido possível“, disse o coordenador Estadual de Proteção à Livre Orientação Sexual, Samuel Sardinha.

1000 ACESSOS


Em pouco menos de um mês, o blog Me Veja Como Sou atingiu a marca de mil acessos! Em nome dos demais bloggers, Gabriel e Matheus, eu, Priscila, venho agradecer aos leitores por nos permitirem crescer tanto em tão pouco tempo.

O objetivo central do blog é, auxiliar, entreter, conscientizar e informar os leitores, transgêneros ou não.

Muito obrigad@ mais uma vez, são vocês leitores que fazem nosso trabalho e dedicação valerem os esforços.

Priscila

terça-feira, 13 de março de 2012

Homem transexual que engravidou recebe ameaças contra a sua família


Após a descoberta de que sua esposa não poderia engravidar, Thomas Beatie, transexual masculino (nasceu biologicamente mulher mas vive como homem), decidiu engravidar, para poder realizar o sonho do casal de ter um filho. Nancy, a esposa de Thomas, havia passado por uma histerectomia (retirada do útero), e não podia engravidar. Como Thomas ainda possuía seu ovário, resolveu engravidar.  


A ideia deu tão certo, que o casal teve três filhos. Hoje, como popularmente é dito: ele resolveu “fechar a fábrica”. Uma das filhas do casal, Susan Beatie, de 3 anos, adora animais e deseja ser veterinária quando crescer. Em entrevista concedida ao Daily Mail, Thomas falou um pouco sobre como é a vida de um pai transexual e falou da repercussão de suas gravidez e as ameaças que sofre. Thomas afirmou que, desde o anúncio da primeira gravidez, a vida social não tem sido fácil, tendo em vista que a família já recebeu ameaças de morte, além de serem chamados constantemente de “aberração”.


No futuro, ele explica que não esconderá nada de sua filha sobre sua condição de homem trans, muito menos sobre a gestação. “Contarei a ela o que fiz: eu a carreguei na minha barriga da mesma forma que o Senhor Cavalo-Marinho”, segundo ele, Susan não acha nada de estranho nisso. Então, no ano de 2007, Thomas engravidou pela primeira vez. Os três filhos do casal nasceram de óvulos de Thomas e de espermatozoides do mesmo doador, que não é conhecido.


Nancy, Thomas e os três filhos moram na cidade de Phoenix, no Arizona, EUA. De acordo com eles, o único problema que eles enfrentam é o isolamento da sociedade. As crianças frequentam uma creche diariamente, mas os pais ficam isolados, não tendo contato com suas respectivas famílias.


FONTE: REVISTALADOA

Ex-jogador de basquete se diz o maior 'transexual do mundo'

FONTE: O DIA ONLINE

Estados Unidos -  Com mais de dois metros de altura, Lindsey Walker, de 26 anos, quer o título do "mais alto transexual do mundo". O ex-jogador também quer integrar a equipe feminina de basquete dos Estados Unidos nas Olimpíadas de 2016, no Rio.

Durante os primeiros 21 anos de sua vida, Lindsey era "Drew", detentor de recordes no basquete e frequentador de festas. A atleta se diz arrependida, porque a vida na verdade servia para se adaptar e esconder seus sentimentos.
Lindsey começou a se consultar com um terapeuta do gênero e um médico, que prescreveram os tratamentos hormonais para mudar sua aparência e sua personalidade.

Hoje, Lindsey tem longos cabelos castanhos, seios e diz que sempre sentiu ter uma mulher no seu interior.


Mente e Corpo Desarmonizados



Somos fisicamente perfeitos. Sim, somos, se tivéssemos nascido com mente e corpo harmonizados. Acaso o cérebro também não faz parte do corpo? Sim, faz. E por que então não podemos desejar que ele e nosso corpo sejam amigos?

Vou usar como exemplo o seguinte: hermafroditas. Todo mundo sabe (ou quase todo mundo) que quando uma pessoa nasce hermafrodita é porque tem em seu corpo partes do aparelho reprodutor feminino e masculino. Mas é a sua mente quem vai definir se essa pessoa se sente homem ou mulher e não o seu corpo.

É um erro terrível os pais e médicos optarem pela cirurgia quando a pessoa ainda é criança. Como eles podem saber qual o gênero real dessa pessoa? Eles arriscam. E muitas vezes erram.

Certo, certo, esse não é o caso dos transexuais, pois nós não nascemos com partes dos dois aparelhos reprodutores. Não. O que define nossa sexualidade, nosso gênero, é a nossa mente, nossa alma, nossa essência, chamem como quiser. O fato é que nosso corpo não condiz com o que somos e precisamos sim mudar isso, mesmo que os leigos e preconceituosos não compreendam.

Por acaso nós pagamos suas contas? Não.
Somos menos seres humanos por isso? Não.
Deus nos ama menos por termos nascido diferentes da grande maioria? Também não.

Nasce uma pessoa com duas cabeças ou com quatro pernas e todo mundo se compadece delas. Tão logo esses casos são expostos, os médicos surgem e as cirurgias são feitas para reparar esses erros genéticos.
Então, por que a burocracia no caso dos transexuais é tão complicada?
Nosso caso é tão simples de reparar. Só precisamos de tratamentos e cirurgias adequadas para unir mente e corpo, nada mais. Simples assim.

Podemos e temos muita capacidade para contribuir com a sociedade, mas devido ao preconceito, muitos de nós vivem escondidos. Fico imaginando quantas mentes brilhantes estão sendo desperdiçadas pelo simples fato de ainda existirem a discriminação, a intolerância e a incompreensão.

Como eu disse no início desta postagem, nossas mentes não combinam com nossos corpos. Fato. Simples. Acaso não é a mente a responsável por todos os nossos atos e pelo que sentimos? Então, pra que complicar?



sexta-feira, 9 de março de 2012

Abrindo Mentes.

Vim aqui hoje falar com vocês de um assunto que mexe com a maioria de nós Ftms e Mtfs, Familiares, Amigos e muitas outras coisas que nos incomodam e às vezes nos machuca profundamente. Quem de nós nunca ouviu 'você nasceu mulher, é mulher' ou 'você nasceu homem, é homem e se conforme com isso' e você mesmo depois de horas de conversa e de tentar explicar, sai de lá destruído e destruída? Este meu post é  direcionado a vocês, Familiares e amigos de nós trans, e pra vocês também que nos apontam na rua como motivo de “Chacotas”. Agora é com vocês: vêm cá, senhores familiares e amigos? Vocês realmente acham justo nos apontar e nos julgar pelo que somos, acham que realmente escolhemos nascer assim e passar por tudo que passamos? Acham que um dia acordamos e falamos 'vamos nos vestir de homem e mulheres e sair por ai'? Sinto informar a vocês, mas isto não foi uma escolha nossa. Se prestarem atenção e viajarem até nossa infância, perceberão que somos assim desde que nascemos, desde crianças, e crianças são inocentes e sinceras. Espero que abram seus olhos pra realidade, pois sermos trans não quer dizer que seremos pessoas piores, pois isso não tem nada haver com nosso caráter, dignidade e respeito para com os outros. Abram suas mentes, nunca deixaremos de ser filhos e filhas de vocês. E apontar, julgar, brigar, não vai melhorar em nada, mas se ficarem do nosso lado e tentarem ao menos entender tudo que sentimos já fará uma grande diferença em nossas vidas. Quanto a vocês que nos apontam nas ruas, só tenho uma coisa a dizer a vocês: não devemos apontar nem julgar ou até mesmo criticar aquilo que não temos conhecimento, é uma falha muito grave do ser humano fazer este tipo de ação maldosa. E deixo aqui meu sincero respeito a todos familiares e amigos de nós trans que nos apoiam, que estão sempre do nosso lado, pois é muito importante isso para todos nós, e espero que este post tenha aberto um pouquinho que seja a mente de todos. Um forte abraço. O conhecimento gera no homem o respeito ao próximo.

Parabéns para todas nós

Me perdoem por ter saído um tanto quanto tardio mas só sobrou tempo de me dedicar a um post de tal importância como esse, agora.


 O dia internacional da mulher é como uma válvula de escape para todo o stress acumulado ao longo do resto do ano, eu costumo pensar em nós, MTF's como super girls rs.
Sim, é verdade, nossa rotina nem sempre é fácil, mas ainda assim conseguimos passar por tudo com um sorriso gentil no rosto e de preferência num salto alto, afinal, vaidade está no nosso material genético.


Eu digo do fundo do meu coração, para todas que estiverem lendo, não admitam que ninguém neste mundo te derrubem hoje, ou amanhã, ou qualquer dia, eles não tem ideia do quão grande é a nossa alma, o quão forte somos capazes de ser, quanta coisa vimos na vida ainda que jovens, somos heroínas num mundo superpovoado com vilões, enfrentamos a opressão, preconceito, ódio, tudo isso de cabeça erguida, porquê sabemos que nossos fins justificam nossos meios, o que somos não é errado, é lindo, inspirador.


Espero que tenham ouvido muitos "Feliz dia da mulher" por aí, e que tenham se deliciado com isso, se não, ouçam o meu "Feliz dia da Mulher" sincero, e acreditem em si mesmas, é esse o segredo para o sucesso, acreditar que você é digna dele.


Beijos, Priscila.



"Neomulheres" mostram que o sexo não é decidido no nascimento

FONTE: UOL


"Sentia-me muito mal usando roupas masculinas. Fui trocando meu armário aos poucos pelas femininas e percebi que me sentia bem com as novas peças, que caiam melhor no meu corpo", conta a modelo Felipa Tavares, de 25 anos, batizada de Felipe. "Não é fácil fazer essa mudança de um dia para o outro, mas sempre me senti mulher."

Antes de sequer pensar se Felipa deve ou não comemorar o Dia Internacional da Mulher, reflita sobre a provável trajetória de pessoas como ela. Foram consideradas do sexo masculino ao nascer, batizadas com nome de menino --e criadas como tal--, mas desde cedo sentindo que pertenciam ao gênero feminino. Sem mesmo tentar imaginar a discriminação que a maioria delas sofre diariamente, dentro e fora de casa, fica mais difícil julgar de maneira tão superficial se essas novas mulheres devem ou não se sentir homenageadas no dia 8 de março.
Em 1949, a escritora Simone de Beauvoir disse que ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher. E, segundo antropólogos e sociólogos, assim realmente é. "Para a antropologia e a teoria de gênero, ser mulher ou homem é um aprendizado social, cultural e histórico", explica Heloísa Buarque de Almeida, professora de antropologia da USP. A própria transexualidade é uma radicalização dessa ideia: não basta simplesmente nascer com o corpo do gênero feminino. O que basta é sentir-se mulher."

A maquiadora Thaís Tomazonni, de 20 anos, também dividia a mesma sensação descrita por Felipa: “Desde pequena, sempre tive dificuldades em me adaptar ao comportamento masculino. Na minha adolescência, não tinha vontade de sair paras festas, por me sentir inadequada”, conta Thaís, que se comportava com a delicadeza que não se espera de um garoto. Para ela, ser mulher vai da escolha da roupa ao comportamento. E ela considera o Dia da Mulher muito importante. "Fico feliz cada vez que sou lembrada como mulher.  É uma conquista muito grande."
Quem também defende a teoria é a empresária Agatha Lima, de 40 anos. Para ela, o importante é como cada um se sente e se vê. "As pessoas acham que ser mulher é ter um órgão genital feminino, mas não é bem assim. Ser mulher é ter uma identidade de gênero.”
O dia das neomulheres
Além de comemoração, o dia 8 de março marca a luta e manifestação pelos direitos femininos. Cristiane Gonçalves da Silva, professora e doutora da Unifesp/Santos, afirma que "é absolutamente justo que todas usem também essa data por reivindicações que permitam que elas sejam tão cidadãs quanto qualquer pessoa.”
Ariadna Arantes, 27 anos, é um dos exemplos de mulher da nova geração. Ao participar do “Big Brother Brasil", sua história despertou a curiosidade do brasileiro sobre o tema, levantou debates e a levou às páginas da revista “Playboy”, ensaio que serve como grande reconhecimento de sua natureza. "Ser mulher é ótimo. Não me sinto nem mais nem menos, me sinto eu mesma”, diz ela, que representou a "mulher do novo milênio" durante o desfile da escola de samba Vai-Vai.

Preconceito, ainda que tardio
Como qualquer mulher em uma sociedade machista, o desafio maior de quem se tornou  uma continua sendo o preconceito. “Qualquer mulher sofre diversos tipos de discriminação. Imagine, então, quando ela nasceu com outro sexo", diz a professora de antropologia da USP.  Apesar disso, o psicólogo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar-Sorocaba) Marcos Garcia acredita que, para determinadas profissões, o preconceito está diminuindo. Para ele, carreiras tradicionalmente femininas, como manicure, cabeleireira e maquiadora, são mais receptivas, mesmo que ainda haja barreiras.
“Sou maquiadora, trabalho em salão, e acredito que, por estar nesse meio, é bem mais fácil. Tenho uma boa clientela e nunca tive problemas”, conta Thaís. "Não me sinto menos mulher que as outras mulheres. Pelo contrário, acho que meu esforço diário não seria encarado com facilidade pela maioria delas". E mais uma característica une as novas mulheres a qualquer membro do sexo feminino: o anseio por respeito, dignidade e felicidade.