sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mercado de Trabalho para transgêneros



 Eu dediquei muito do meu tempo nas últimas semanas a pensar sobre o meu futuro, os meus objetivos e como alcançá-los. é muito curioso como as vezes, as respostas que procuramos mais desesperadamente estão bem na nossa frente e não conseguimos enxergá-las.
 O desemprego e principalmente a carência de oportunidade, NÃO, e repito mais uma vez com toda a certeza NÃO é um fator que atinge ESSENCIALMENTE a população trans, nós nos esquecemos de olhar pra tudo de um jeito mais abrangente e pensar em onde estamos e no que realmente precisamos.
 Ninguém nunca ouviu aquele discurso gasto? "Emprego no Brasil tem aos montes, o que não tem é profissional capacitado." Isso faz sentido, exato?
 Bom, pra mim faz, completamente, o preconceito com transexuais, existe sim, mas nós vivemos no Brasil, país de TERCEIRO MUNDO, com orgulho demais pra se colocar no seu lugar, o que está acontecendo agora é uma guerra, uma guerra absolutamente medíocre! Homens e mulheres biológicas, competem DE IGUAL PARA IGUAL cargos mínimos de emprego formal, contra homens e mulheres trans!
 Acompanhem meu raciocínio e tentem pensar a respeito; A MAIORIA das transexuais mulheres e travestis, se vêem em um mundo injusto e sujo, existe prostituição, drogas e muitos outros fatores que, infelizmente, são rotina na vida dessas pessoas EM TODO O MUNDO.
Mas dá certo! Uma travesti e uma transexual, excepcionalmente bem sucedidas como profissionais do sexo, JAMAIS optarão por se profissionalizar para o mercado de trabalho convencional, por diversos fatores; o preconceito externo, o preconceito INTERNO, e, se algo está dando tão certo, por que arriscar inverter as coisas?
 O que eu estou tentando dizer é que o tempo está passando e o preconceito explícito e a intolerância que enfrentamos na rua é até então recente. Ontem, as pessoas se escondiam por medo, hoje elas dão a cara e enfrentam os desafios de peito aberto. NEM SEMPRE FOI ASSIM. Não devemos nos conformar com a pirâmide social do AGORA, devemos trabalhar para mudá-la, senão INVERTÊ-LA! E isso é sim possível!
É só pesar bem suas escolhas, interesses e ambições, aprender a trabalhar sua própria auto-confiança e manter a cabeça erguida!

2 comentários:

  1. É isso mesmo! Isso é "consciência de classe", Pri Guimarães!! Temos que pensar grande, temos uma missão, que é enfrentar e tornar essa particularidade do ser humano algo tão rotineiro quanto uma pessoa possuir sardas, ou um olho de cada cor, por exemplo. O que vemos hoje talvez ainda nos amedronte, mas esta é uma geração que está dando vários passos, subindo vários degraus na escada da despatologização, tornando esse tipo de particularidade algo mais leve, não mais associando com loucura, insânia, possessão e blablabla! Quando pensamos por todos, obtemos as verdadeiras conquistas, pois elas irão com certeza abranger a nossa questão pessoal - lei do retorno! Vamos sim trabalhar isso, levando a informação nos nossos circulos sociais, que irão replicar a normalidade do disforico a mais e mais pessoas... como a historia da pedrinha jogada na água, a difusão alcança o lago todo!!

    Sulfur Filosófico =D

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  2. Obrigada, é assim mesmo que precisamos agir e pensar =)

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